terça-feira, 16 de abril de 2013

De nome impronunciável

A mais nociva entidade que habita o Edifício Tijucas possui um nome impronunciável, por ser uma alcunha composta exclusivamente de consoantes. Ela camufla-se entre as letras da placa de identificação dos conjuntos, na recepção. Salta de um título a outro, caminhando entre as logomarcas. Bagunça a ordem, troca caligrafias, design, tipografias e substitui palavras. É comum olhar para o painel e não reconhecer os nomes. Por isso que o cassino nunca está no mesmo andar e as prostitutas mudam de apelido. 
Nunca sei qual é o alfaiate que prega meus botões. 
Tenho uma amiga que imprime novos cartões todos os dias, conforme a maneira que o nome de seu estúdio aparece. 
Esta assombração é responsável também pelos vários escritórios que brotam e desaparecem ao longo dos meses, configurando um panorama totalmente variável. Eu mesmo – estou aqui hoje, mas não sei onde estarei amanhã.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

O lambretista de outrora

Ontem, na Boca Maldita, fiquei sabendo de outra entidade que visita o Tijucas. É o espírito zombeteiro de um lambretista de outrora. Ele passa com sua lambreta descontrolada no meio da galeria, buzinando e atropelando os passantes. Por isso é um perigo atravessar com café fervendo no copo de plástico ou com objetos quebráveis. Muitos já ouviram o ronco da sua lambreta acelerando e depois não viram nada. Dizem que nos anos sessenta, ele e sua gangue gostavam de apostar corrida no estreito corredor. E como era proibido, acabou morrendo atingido pelo tiro de um policial.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Seita

Eu descobri que existe uma seita secreta, a qual moradores e frequentadores do Tijucas fazem parte. A seita é tão secreta, mas tão secreta, que nem os participantes sabem que ela existe, nem onde as reuniões acontecem. Se eu fosse o líder desta seita, marcaria os encontros no subterrâneo do prédio, pois reuniões deste tipo sempre acontecem no subterrâneo de algum lugar. E como toda seita executa rituais macabros, eu utilizaria como materiais: retalhos, agulha, fio e lama. Talvez algo pudesse ser tecido durante a prática. No mínimo, paletós. 

quarta-feira, 13 de março de 2013

Mini pântano intimista

Da minha janela do Tijucas consigo ver uma banheira. Fica dois andares abaixo, num apartamento, que teoricamente deveria ser comercial, como o meu, no próprio edifício. Mas é que estas regras de comercial/residencial não se aplicam impecavelmente ao Tijucas. Tudo é gerado por uma lei mais subjetiva. Às vezes penso que nas reuniões de condomínio, os moradores e o síndico ouvem até os mortos. Nos encontros devem separar o setor dos vivos e dos mortos com regras específicas para cada nível. A vantagem é que os mortos não atacam os salgadinhos.
Os apartamentos de frente para a Cândido Lopes, possuem um cômodo numa dobra, de frente à Americanas,  em “L”, os quais consigo observar pela minha janela.
A banheira está abandonada. A cada dia acompanho sua lenta degradação, cada vez mais esverdeada e abarrotada de folhas que caem de uma velha samambaia presa na parede posterior. Coitada desta samambaia, nunca alguém a regou. Nem mesmo borrifadas d´agua, coisa que eu sei que elas gostam. A não ser que isso seja feito em horários alternativos, que não estou no escritório, tipo nove da manhã ou aos domingos. Alternativos, ao menos para mim.
Silenciosa banheira – de vez em quando iluminada por parcos raios solares curitibanos. O design é antigo, anos setenta talvez.  Também a julgar pelo desfoque da cor. Mas estranho mesmo é o piso de carpete do cômodo. Será que o sujeito que a instalou possui aversão a azulejo? Ou apenas guarda a banheira no quarto de trás, onde já morava a solitária samambaia?
A banheira potencializa, dia após dia, uma cena cinematográfica. A pintura na fibra está descascada, o que aumenta ainda mais a sensação de abandono.
Talvez este escritório pertença aos fantasmas, pois a janela da frente, vista pela pracinha da Americanas, está sempre com as cortinas fechadas. Cansei de observá-lo, voltando ou indo ao Café. Os panos já estão gastos e descoloridos pelo sol da face norte.
O que teria acontecido aos moradores? E que ser excêntrico é este que instala uma banheira numa sala comercial? Normalmente o banheiro é que é utilizado para isto.
Já arquitetei diversas possibilidades de vislumbres na banheira, desde moças nuas com colares de pérolas – típicas de filmes noir, a vítimas de psicopatas hitchcockeanos. Um troço Janela Indiscreta pra caramba.
Já imaginei-a repleta de espumas, com alguém bebendo uísque ou champanhe. Idealizei cenas totalmente cinematográficas – não é todo apartamento que possui uma vista privilegiada como esta. O quarto da banheira parece um cenário de filme, criado por um produtor competente. A cena existe para ser notada e no caso, o voyeur sou eu.
Já conjecturei também surgirem personagens masculinos. Por exemplo, um mafioso calvo e peludo falando no celular ou um guri brincando com barcos piratas e polvos gigantes. Até mesmo casais, tendo que se encaixar no ínfimo espaço, alternando pernas num balé erótico.
Talvez aconteça diferente. Pense em pedreiros invadindo o cômodo e reformando o espaço. Levando a banheira e a samambaia com mãos pesadas de cal. Aliás, esta é a possibilidade mais viável. Triste.
Com o tempo me afeiçoei a este quarto. Talvez repouse neste vazio, alguma lembrança ou simplesmente seja agradável olhar para o silêncio, estando no caos barulhento do centro.
Não sei o que será de mim sem o quarto da banheira, no dia que alugarem para outro inquilino ou venderem a sala. A existência dela, mesmo que desocupada, é que preenche minha rotina. Sei que posso dar uma parada numa ilustração ou crônica de vez em quando, pegar uma xícara de café e ir até a janela, observá-la. Sempre na esperança de algo inusitado acontecer. Mas nunca acontece. E agora, acho que nem espero mais que aconteça.
É como olhar para uma casa de lambrequins fechada, entregue à inospitalidade de um bosque largado.
O local é uma locação pronta. Se abrir aquela torneira, as folhas ficarão boiando em líquido verde musgo. Criará um mini pântano intimista.
Já vi diversas lagartixas caminhando entre as folhas. Às vezes elas ficam estáticas, durante horas. Arte que é própria da lagartixa. Às vezes me sinto como aquela lagartixa, parado em frente à janela do escritório, olhando para o nada.
Vai que o apartamento é habitado por lagartos, e a rapariga que um dia verei se banhando terá cara de iguana?
Enquanto não aparece ninguém no quarto da banheira, eu continuo a observá-la. E enquanto ele existir, eu trabalho melhor.
Talvez eu seja o cara que utilize a banheira, ao menos em vigília, deito-me sobre sua estrutura de folhas.
O Tijucas é cheio de micromundos secretos, camadas de tecidos sobrepostas. Imagine o que não existe por trás de cada porta.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Vento, fantasma e homem grande


Ontem aconteceu algo espantoso comigo no Tijucas. Era tarde da noite, quando fui levar o lixo no corredor e a porta bateu com o vento. Joguei o pacote na lixeira, fechei a gaveta e quando tentei abrir a maçaneta da minha porta, estava trancada. Como se alguém tivesse fechado o escritório por dentro. Porém, eu estava sozinho na sala naquela hora! Olhei pela bandeira de vidro da porta e vi que a luz da sala de dentro acendeu e com o ouvido rente à fresta, escutei barulho do teclado. Alguém digitando. Continuei forçando a maçaneta, até que enfim, a porta se abriu. Persiana de ferro voando – torta no vendaval. Todas as luzes estavam apagadas e o meu computador ligado. Peguei meu HD, desliguei o computador e fui embora. Sem ler o que estava escrito no monitor.

 * * * 

Consegui resgatar o back-up da mensagem do fantasma escritor, do Tijucas, em meu computador. O Word gravou automaticamente. Algumas palavras estavam escritas erradas, ou digitadas apressadamente. Dei uma arrumada para vocês lerem:
“Pesquise a história de um morador muito alto, alto mesmo, que residiu no Tijucas em 1958. Me falaram que os pés-direitos altos dos conjuntos se devem por causa dele. O gigante era tão alto que só utilizava as escadarias e vivia dando cabeçada nas vigas. Não acredito que todos tivemos que viver em apartamentos altos por causa de um único habitante. Mas é que ele era bem amigo do engenheiro.
Eu o vi poucas vezes. Apenas uma sombra colossal certa vez, nas escadas, quando deu pane nos elevadores. Devia ter uns 3 metros, mais ou menos. Ou mais! E outra vez, no Café da Boca. “A xícara que ele usava era maior e a sua voz, gutural.”.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Revista Visage

Existe uma revista chamada “Visagem” que só circula dentro do universo Tijucas. É assim: você deixa 5 reais embaixo da porta e ela aparece no dia seguinte. Sempre no dia 10. Portanto, você tem que deixar o dinheiro no dia 9. Não sei quem edita, nem quem são as pessoas que escrevem. Eles assinam apenas com as iniciais – tipo J.R.S. ou N.B.P., por exemplo. A revista conta causos do próprio prédio. Ah, têm crônicas também. Estou vendo aqui. Ops, escrevi errado. Na verdade ela se chama “Visage”, sem o “m” no final.


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A “Visage” só circula dentro do Edifício Tijucas. Dia desses tentei sair com uma edição dentro da bolsa e o segurança J.C. me impediu dizendo que a revista não pode sair do prédio. Eu não sei como ele sabia que a revista estava dentro da minha bolsa.

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As edições sempre começam com a história de um morador do Tijucas recebendo a revista, por baixo da porta no dia 10, e terminam com este mesmo morador colocando 5 reais no dia 9 do mês seguinte. 

Prédio de pano

O Tijucas é um edifício constituído por panos. Vigas, colunas e pilares de tecidos toscos, mofados e envelhecidos. Costurados por histórias de alfaiates, fantasmas, trabalhadores, faxineiros, ascensoristas e transeuntes. Você vai descosturando e por baixo descobre antigos causos. Alguns manchados, outros apagados. Quer dizer, quase apagados. E por cima são aplicados novos – bem ou mal costurados. Às vezes o trabalho é tosco. A aparência é de uma colcha de retalhos com janelas. 

Elevador

Quando a porta do elevador do Tijucas abre, há sempre alguém – visível ou não, que entra ou sai. 

sábado, 23 de fevereiro de 2013

O Lobisomem Alfaiate

As strippers do centro contam que existe um lobisomem alfaiate morando no Tijucas. Ele já é um senhor, com pelos grisalhos. Anda mancando, às vezes apoiado numa bengala de madeira. Elas dizem que ele parece um cachorro vira-lata, sempre fuçando lixo e caçando ratos. É só dizer “passa, passa” que sai com o rabo entre as pernas. Vaga pelos arredores farejando sangue de meninas menstruadas e uiva para as donzelas translúcidas nos outdoors eletrônicos das boates da Cruz Machado. Eu penso que ser alfaiate para um lobisomem é uma boa, pois pode consertar as próprias roupas, depois que arrebentam com a transformação. 

Horário comercial

Só ouço os zumbis do Tijucas durante o horário comercial. Entre as 8h e 18h vagam a passos lentos pelos corredores sussurrando: ”Esfihas de carne, esfihas de carne, esfihas...” e “Kibe da Boca, Kibe da Boca, Kibe...”. Depois das 18h, eles somem. O prédio torna-se silencioso, escuro e aterrorizante de novo. O único zumbi que ainda permanece, até umas 21h mais ou menos, é o ascensorista do elevador. Ao estacionar a máquina num dos andares vazios, resmunga solitário: “Desce, desce, desce, desce...” – dirigindo-se aos fantasmas.

Zumbis

Os zumbis do Tijucas usam paletós de naftalina, camisas Edith e datilografam máquinas de escrever (muitos perdem os dedos presos nas teclas). Vagam com enceradeiras, telefones de fio e rádios de pilha a tiracolo. São zumbis alfaiates (com pedaços de agulhas e retalhos pendurados no bolso), pastores, representantes de cosméticos, garçons aposentados, ex-guerrilheiros e integrantes do MR8. Eles não comem cérebro porque preferem as esfihas de carne do Kibe da Boca. 

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Virgílio e Leopoldo

Virgílio frequenta o Tijucas desde 1964, época em que ele e seu ex-sócio Leopoldo, se mudaram para Curitiba. Os dois eram muito amigos e dividiam um escritório. O conjunto de duas salas era perfeito para eles. Enquanto um escrevia, o outro fazia contas. O condomínio era responsabilidade do Virgílio. E a luz, do Leopoldo. Desde quando Leopoldo faleceu, há mais ou menos 2 anos, o escritor parou de pagar as contas de luz, porque era encargo do outro. E trabalha durante o dia, até anoitecer, digitando numa Olivetti modelo 1970, que não precisa de luz elétrica. Virgílio continua deixando os boletos de reaviso para o ex-sócio pagar, sobre a mesa. Mas para mim, Leopoldo continua frequentando o escritório na forma de um fantasma. 

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Tijucas



Tijucas


por João Castelo Branco

Boneca Vodu

Dia destes quando sai do elevador, deparei-me com uma boneca vodu rente ao chão, ao lado dos contadores de energia. Descobri que era algo do mal quando vi os alfinetes espetados. Sua roupa era toda feita de retalhos mal costurados e manchados de tinta vermelha. Seus fiapos de cabelo eram loiros e a fisionomia muito parecida com a mulher do alfaiate da sala 1026. Comentei com JC – o segurança, mas ele não quis encostar. Vê-la através das câmeras de segurança foi ainda mais sinistro, parecia que iria se mexer a qualquer instante. Comentei sobre minha suspeita e aí ele me disse que a mulher estava bem, porém sua filha havia passado mal naquela manhã e teve que ser atendida por médicos da ECCO. Depois conversando sobre o causo com uns brothers no Kibe da Boca, fiquei sabendo que esta garota namora um cara casado. Tenso!!!

Choro nas escadas

Ontem aconteceu uma coisa assustadora comigo. Eram mais ou menos 9 horas da noite quando as luzes do corredor se apagaram. E elas nunca se apagam. Ainda traumatizado pelo episódio da bomba do 15º, fechei a sala e desci pelas escadas, porque o elevador não estava funcionando. Você não faz ideia o quanto são aterrorizantes os corredores deste edifício sem luz. Durante toda a descida, na escuridão, escutei o choro de uma mulher. Pensei tratar-se de uma pessoa com medo do escuro. Mas não consegui alcançá-la. Parecia estar o tempo todo, num andar na minha frente. Quando cheguei ao térreo, perguntei aos seguranças noturnos o que havia acontecido e eles me disseram que caiu a chave por causa de um cara que ligou uma enceradeira 220V e as tomadas do prédio são todas 110V. Então eu comentei sobre a mulher chorando nas escadas e eles me falaram que ninguém desceu antes de mim.

Sonhos para vender

Existe no Tijucas um comércio de sonhos. Os ascensoristas, seguranças e donos das lanchonetes pagam uma boa grana por sonhos – principalmente os que possuem animais do Jogo do Bicho. Eles passam o dia pesquisando, conversando com pessoas que sobem e descem dos escritórios e apartamentos. A pergunta que mais ouço é: “Sonhou com alguma coisa hoje?”. O Jogo do Bicho é um troço “freudiano” pra caramba. E o mais bizarro é que o elemento sonhado não representa diretamente o animal relacionado. Por exemplo, sonhar com o Papa significa jogar no coelho. Já se for um padre, é carneiro na cabeça! Já me aconteceu de sonhar com um veleiro e me recomendarem jogar no macaco. Nada a ver. Mas o bom mesmo é quando sonho com jacaré, avestruz ou elefante. É raro, ao menos para mim, lembrar com nitidez. Quando isso acontece, vendo logo para o primeiro jogador que encontro. Já cheguei a vender um sonho por cinquenta reais. 

O fantasma que fuma Hollywood e entende de Jogo do Bicho

Uma das histórias mais instigantes que já ouvi sobre o Edifício Tijucas desde que vim trabalhar aqui, é a do fantasma que fuma Hollywood e entende de Jogo do Bicho. Felizardos confirmam que o espírito sussurra nomes de animais dentro do elevador. É preciso estar sozinho para ouvir e, quando isso acontece é batata – a dica sempre dá certo. Todavia, quando o cabra ganha, é primordial que pague pela informação: o fantasma exige a recompensa de um maço de cigarros Hollywood, porque segundo a lenda – ele que trabalhou como pedreiro na construção do Tijucas, só fumava esta marca. Parece que morreu prensado no poço quando o elevador despencou. Contudo, o cigarro não pode ser de sabor menta. Quando isso acontece, ele reclama com uma voz cavernosa: “De menta não vaaleeeee!!!”. E se o sujeito não trocar pelo tipo certo, o elevador cai.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Banheirofone

Esses dias escutei um rapaz - provavelmente ao celular, no banheiro de um andar abaixo ao meu, dizendo: "Estou na farmácia! Logo chego em casa". Mas eu sei que ele estava numa "Casa de Massagem". E aí - alguma doida que também acompanhava o diálogo pelo banheirofone, gritou no duto: "É mentira! É mentira! Ele tá te traindo, sua tooooongaaaaaa!" O cara desligou o telefone, xingou a intrometida e por alguns momentos trocaram palavrões via duto. Eu acompanhei toda a conversa, com meu caderninho em mãos, tentando descobrir em que andares eles estavam.

Bomba

Mês passado explodiu uma bomba num dos andares acima ao meu, no Edifício Tijucas. Foi tenso. Assim que escutei o estrondo, desliguei tudo, peguei meu HD portátil e juntei-me aos que desciam aflitos pela escada - que não é contra-incêndio. Sabe como é...prédio de 1958. Não pude deixar de pensar nas imagens do acidente terrível em Santa Maria. E eu acho que todos que abandonaram seus escritórios tiveram o mesmo pensamento. Quando cheguei no térreo, me contaram que foi no 15º. Uma bomba de oxigênio usada em um laboratório protético. Aí subiram bombeiros, aumentaram os curiosos e cada um dizia uma coisa. Fiquei sabendo que os velhinhos advogados do 3º andar - que possuem uma grossa corda amarrada numa bigorna, tentaram descer por ela (a ideia de ter a corda é justamente para emergências). Mas aí o povo influenciou-os a mudar de ideia, pois apesar do susto, não havia fogo e eles poderiam descer pelas escadas ou elevador. Não foi desta vez que eles precisaram apelar para a famigerada corda. Graças a Deus!! E para mim, não existe bigorna alguma e sim um 3º velhinho amarrado na extremidade.